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Eliene sugere implantação de programa de saúde ocular para estudantes

Publicado em Terça, 02 de Mai de 2017, 21h00 | Voltar à página anterior

Ao apresentar sua proposta na Indicação nº 106/2017, a vereadora Eliene Soares (PMDB) explicou a necessidade de acompanhar a saúde ocular dos estudantes e de fornecer óculos anualmente.

 

 

De acordo com a parlamentar, a importância dos programas de saúde ocular em escolas reside no fato de que a deficiência visual interfere no processo de aprendizagem e no desenvolvimento psicossocial da criança, fato que é reconhecido por diversas autoridades do ensino.

 

Estima-se que a grande maioria das crianças brasileiras em idade escolar nunca passou por exame oftalmológico. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia mostram que 20% delas apresentam alguma perturbação ocular.

 

As causas mais comuns de acuidade visual reduzida em escolares são os erros de refração a hipermetropia, o astigmatismo, a miopia e o estrabismo. A detecção precoce destes problemas possibilita a sua correção ou minimização, visando o melhor rendimento global da criança em idade escolar.

 

“Nos programas de triagem visual, é importante estipular o critério de encaminhamento dos indivíduos como, por exemplo, o limite de visão a ser considerado. Esta preocupação resulta do fato de que este não pode ser tão alto para que não haja número excessivo de crianças encaminhadas, gerando exames desnecessários, bem como o contrário também é indesejável, pois pode deixar de lado crianças que tenham problemas oculares”, destacou Eliene Soares.

 

O objetivo deste projeto é verificar a prevalência de acuidade visual reduzida em escolares, principalmente os alunos das primeiras séries. E a precisão da avaliação ocular só pode ser assegurada quando realizada por profissionais habilitados, ou seja, o médico oftalmologista.

 

Muitas vezes, atitudes dos alunos em sala de aula levam os professores a suspeitarem das dificuldades visuais, pois o contato diário no ambiente escolar possibilita conhecer o modo de ser de cada aluno e notar alterações na aparência ou na conduta.

 

“Temos que considerar, porém, que os professores, apesar de toda a dedicação e boa vontade, não possuem conhecimentos suficientes quanto à saúde ocular e, portanto, as ações por eles desenvolvidas não são completas e abrangentes. Quantas crianças com problema de aprendizagem são reprovadas e, muitas vezes, se evadem da escola, porque têm uma simples miopia, mas os pais não podem pagar o tratamento”, afirmou a vereadora.

 

Daí a necessidade de implantação de um programa de saúde ocular em todo o sistema público de ensino, visando desenvolver ações de prevenção da incapacidade visual, bem como a promoção e recuperação da saúde ocular.

 

Muitas vezes os alunos encaminhados pela escola para a realização de exames esbarram nas dificuldades financeiras da família, principalmente com relação ao tratamento, uma vez que não existe, hoje, programa de atendimento público e gratuito. De acordo com o proposto neste projeto, a partir da avaliação a criança que necessitar de tratamento vai receber os óculos sem qualquer despesa para a família.

 

“Estou convencida de que, quando detectamos um problema na visão do estudante, estamos contribuindo para melhorar o seu rendimento na escola e, ao mesmo tempo, fazendo um trabalho de saúde pública preventiva. Pois criança que não enxerga bem vai mal no aprendizado, sente-se discriminada perante os amigos, recebe reclamações da professora e acaba sofrendo repreensão pelos pais, por um problema do qual não tem culpa”, finalizou Eliene Soares.

 

A proposição foi aprovada pelos parlamentares e segue para análise de implementação pela administração pública municipal.

 

Texto: Josiane Quintino / Revisão: Waldir Silva (AscomLeg)

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