Vereador Zé do Bode repudia Executivo por descaso com a causa animal e o Instituto Iluminar

Zé do Bode (União)

Abandono de animais e falta de políticas públicas
Na Moção nº 10/2025, Zé do Bode repudia o Poder Executivo Municipal pela "ausência de apoio, incentivo e valorização à causa animal em nosso município". O vereador apontou que a cidade convive diariamente com uma realidade preocupante, na qual centenas de cães, gatos e até cavalos perambulam pelas ruas em situação de abandono, fome, doenças e maus-tratos.

“Essa triste cena tem se tornado comum diante da omissão do Executivo, que não implementa políticas públicas efetivas, programas estruturados de acolhimento, saúde e bem-estar animal, tampouco garante suporte adequado às entidades que atuam na área”, afirmou.

De acordo com Zé do Bode, o município conta com a atuação de algumas Organizações Não Governamentais (ONGs) que trabalham na base do voluntariado, assumindo um papel que deveria ser de responsabilidade do poder público. As entidades realizam resgates, mantêm abrigos improvisados, providenciam tratamentos, vacinas, castrações e encaminham animais para adoção responsável, “muitas vezes com recursos próprios ou doações, infelizmente, o que se observa é a total ausência de apoio institucional, financeiro e logístico por parte da Prefeitura”, lamentou.

“É inadmissível que uma cidade como Parauapebas, com grande arrecadação e potencial econômico, submeta a causa animal ao esquecimento, deixando toda a responsabilidade nas mãos da sociedade civil. Tal omissão agrava o sofrimento dos animais, e a saúde pública, já que zoonoses e problemas sanitários estão diretamente ligados ao abandono”, enfatizou.

Diante da situação, o vereador manifestou seu repúdio à conduta do Poder Executivo Municipal, pela falta de compromisso com a causa animal, “registrando nesta Casa Legislativa a minha indignação e cobrando providências urgentes para que esse quadro seja revertido, com a implementação de políticas públicas sérias, apoio efetivo às ONGs e ações estruturantes em defesa dos animais de Parauapebas”, concluiu.

Despejo do Instituto Iluminar
Já na Moção nº 11/2025, Zé do Bode manifestou seu repúdio à decisão da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) de despejar o Instituto Iluminar do prédio do Centro Comunitário III, onde anteriormente funcionava a Associação dos Moradores do Residencial Alto Bonito.

Segundo o vereador, o prédio havia sido cedido no final de 2024 ao Instituto Iluminar, que é uma organização sem fins lucrativos, fundada em setembro do mesmo ano pela médica psiquiatra Marian Lima. A entidade atua de forma gratuita e voluntária na promoção da saúde mental, com atendimentos multidisciplinares envolvendo psicólogos, psiquiatras, nutricionistas, psicanalistas, assistentes sociais e neuropsicólogos, prestando mais de 2.200 atendimentos em poucos meses de funcionamento.

A psiquiatra Marian Lima, fundadora do Instituto Iluminar, acompanhou a votação da moção.

“O despejo imposto pelo governo municipal comprometeu a continuidade de um trabalho social fundamental, e isso, deixa claro a desvalorização e falta de apoio às instituições que atuam com base no voluntariado, em especial no atendimento à população de baixa renda e em situação de vulnerabilidade emocional e social”, ressaltou.

Zé do Bode relatou ainda que o Instituto Iluminar é reconhecido na cidade por oferecer serviços essenciais de saúde mental e social, incluindo distribuição de alimentos, capacitações, grupos de apoio e projetos de prevenção ao suicídio. “Sua atuação tem sido um pilar de esperança e acolhimento para centenas de famílias que não encontram suporte adequado nos serviços públicos”, afirmou.

“Diante disso, venho em nome do povo de Parauapebas, expressar minha profunda indignação e repúdio à medida adotada pela Prefeitura, que ao invés de apoiar e fortalecer iniciativas tão relevantes, opta por enfraquecer e descontinuar um trabalho de tamanha importância social. Reitero que é dever do Poder Público incentivar, apoiar e valorizar instituições como o Instituto Iluminar, que complementam o atendimento das políticas públicas e contribuem diretamente para o bem-estar da população”, finalizou.

Texto: Nayara Cristina / Foto: Renato Resende / AscomLeg 2025