Vereadores prometem interceder em favor de estudantes do ensino médio
Boa parcela dos estudantes de Parauapebas tem sido incansável na busca pelos seus direitos. As constantes reivindicações à administração pública vêm ocorrendo também durante as sessões ordinárias da Câmara Municipal. Sempre presentes nos expedientes do Legislativo, os alunos da rede pública estadual têm recebido apoio e espaço durante os trabalhos para expressarem suas pretensões.
Minutos antes da sessão do dia 9 de setembro, os estudantes utilizaram a tribuna para relatar algumas dificuldades encontradas no cotidiano.
Para encontrar alternativas aos problemas descritos, na tarde desta terça-feira (15) os parlamentares receberam cinco estudantes do ensino médio da Escola Irmã Dulce. Participaram da reunião, que aconteceu na sala da presidência, os vereadores Ivanaldo Braz (SD), Antônio Massud (PTB), Maridé Gomes (PSC), Euzébio Rodrigues (PT), Marcelo Parcerinho (PMDB), Zacarias Marques (PP), Joelma Leite (PT), Ivaniti Barrão (PSDC), João Assi, o João do Feijão (SD) e José Pavão (SD).
Dentre as medidas solicitadas pelos alunos em caráter de urgência estão a construção de uma escola no Bairro da Paz, a reestruturação da Escola de Ensino Médio Euclydes Figueiredo e a contratação de mais professores.
De acordo com os estudantes, a instalação de uma nova escola é fundamental para comportar e receber melhor os alunos, visto que o Bairro da Paz é um dos mais populosos da região central do município.
O presidente da Casa, vereador Ivanaldo Braz, explicou aos alunos as limitações do Poder Legislativo. “Vamos junto com vocês aos órgãos competentes para atuar na matéria da educação. O parlamento não pode fazer a construção de escolas, mas podemos incluir na Lei Orçamentária a verba para implementação de uma escola. Porém, iremos também cobrar da administração municipal a execução dos projetos solicitados por nós”.
O vereador José Pavão complementou a fala do presidente e ressaltou que, além de verificar a disponibilidade orçamentária, há a possibilidade do deslocamento do recurso financeiro. “É urgente a necessidade de solucionar o problema existente na nossa educação, nem que para isso tenhamos que fazer um remanejamento de verba”, destacou.
Euzébio Rodrigues, por sua vez, salientou que a melhor alternativa para solucionar o problema da Escola Irmã Dulce seria a construção de novo prédio. Ao analisar a situação, a vereadora Joelma Leite levantou a questão da necessidade de uma área pública. Barrão sugeriu a construção da nova escola em uma área na Rua Araguaia. “No local há cerca de 750 m² que permitem, perfeitamente, a construção de uma escola que comporte e receba bem os estudantes”, apontou.
Ao ouvir os questionamentos dos estudantes, Maridé Gomes lembrou que já buscou, anteriormente, medidas para resolver a situação inerente aos problemas estruturais da Escola Irmã Dulce. “Moro perto da escola e conheço bem essa realidade. Essa necessidade é antiga. Em 2013, Major da Mactra e eu fizemos uma dotação orçamentária para a construção de uma escola no local, mas não foi concretizada. Fomos ao gabinete da então secretária municipal de Educação, Juliana Santos, que nos disse que o problema era a falta de espaço para esta construção. Posteriormente, fomos ao gabinete do prefeito e a resposta que tivemos era que a área da Rua Araguaia seria de preservação ambiental. Nos esforçamos bastante, mas não conseguimos alcançar nosso objetivo”, explicou o vereador.
Para Zacarias Marques, o município e o estado estão sendo omissos quanto à situação do ensino médio na cidade. “O município tem arcado com muitos ônus da administração estadual, mas isto é uma responsabilidade do estado. Portanto, cabe a ele assumir e cumprir o seu papel. Nada impede que o município ajude, mas é fundamental a presença da gestão estadual. Mas acredito na possibilidade de incluir esta demanda no orçamento do ano que vem”, ponderou.
Segundo Marcelo Parcerinho, o governo tem que começar a ser realmente atuante na educação em Parauapebas. “Precisamos nos dirigir ao governador e cobrar dele recursos para o nosso município. O encargo da educação de segundo grau é do estado, por isso temos que receber do estado dotação orçamentária para proporcionar aos nossos adolescentes uma educação digna e de qualidade”.
Já Joelma Leite sugeriu um acordo de cooperação técnica, em que uma parceria entre os governos municipais e estaduais seria a melhor solução para a construção da escola no local. “Temos que nos reunir com Simão Jatene e levar conosco quem vivencia diariamente a realidade da escola pública, os estudantes”, sugeriu.
Após os debates, ficou definido uma audiência com o secretário estadual de Educação, o governador do estado, os parlamentares municipais, os representantes dos estudantes e um representante do Executivo Municipal. (Josiane Quintino / Ascom CMP)
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