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Eliene Soares requisita material de expediente para escolas e programa para amparar portadores de doença celíaca

Publicado em Segunda, 03 de Mai de 2021, 16h09 | Voltar à página anterior

Duas indicações foram apresentadas pela vereadora Eliene Soares (MDB) na reunião ordinária da Câmara Municipal ocorrida na última terça-feira (27), solicitando da prefeitura aquisição de materiais de expediente para uso nas escolas da rede municipal e nas unidades vinculadas à Semed (Indicação nº 238/2021); e criação de programa específico para amparar portadores de doença celíaca (Indicação nº 239/2021).

Material de expediente
No pedido de material de expediente para escolas, a vereadora justifica que a educação de Parauapebas não parou na pandemia, e os profissionais da rede pública municipal de ensino estão trabalhando dobrado para dar conta de suas várias turmas, por meio virtual. Ela diz que os educadores vão à escola para reunir, planejar, resolver questões pedagógicas e/ou administrativas, ainda que as aulas sigam ministradas de forma remota, com os alunos em casa. A dinâmica de aprendizagem é a mesma; só mudou o formato.

“A adaptação às aulas online foi dura e difícil no início da pandemia, quando as escolas tiveram de fechar as portas abruptamente. Era um universo novo e para o qual a educação básica da rede pública de todo o país não estava preparada. Aos poucos, tudo foi se ressignificando e, apesar das dificuldades, Parauapebas venceu”, declara Eliene Soares.

Segundo ainda a parlamentar, a maior parte das atividades, contudo, segue sendo feita de maneira impressa, com alguns alunos e pais indo à escola retirar o material, e isso exige que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) fique atenta às demandas da comunidade estudantil, a fim de que possa garantir os suprimentos básicos e essenciais para que o ensino tenha continuidade, com qualidade, mesmo em tempos adversos.

“Hoje temos aproximadamente 48 mil estudantes matriculados na rede municipal, o equivalente a quatro cidades do tamanho de Curionópolis lotadas de estudantes da educação infantil ao ensino fundamental, inclusive o ensino para jovens e adultos”, detalha a legisladora, acrescentando que a rede de Parauapebas só perde em tamanho para Belém, Ananindeua, Santarém e Marabá.

Mesmo com as escolas sem aulas presenciais, a vereadora afirma que há necessidade de materiais de consumo, porque há expediente interno, assim como há demanda de impressão de atividades para distribuição aos estudantes. Além disso, observa a parlamentar, os estoques da Semed se encontram reduzidos.

Doença celíaca
Já nesta demanda, Eliene Soares diz ser cada vez mais comum o relato de pessoas que passam mal ao comer pão, bolo e macarrão, produtos que têm em sua composição o trigo e nele uma proteína chamada glúten, que também está presente em vários outros tipos de cereais, como aveia, centeio e cevada.

Em muitas pessoas, que são intolerantes ao glúten, essa proteína causa inflamação crônica na mucosa do intestino delgado que pode levar à má absorção intestinal, com severa dificuldade do organismo para sugar nutrientes dos alimentos, como vitaminas, sais minerais e até mesmo água.

De acordo com a propositora, esse conjunto de desordens confirma uma doença autoimune chamada celíaca, que ocorre em pessoas com tendência genética. Geralmente, ela se apresenta em crianças com idade entre um e três anos, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive nas pessoas adultas.

Não há estatística precisa, mas estudos apontam que 1% da população é intolerante ao glúten. “Trazendo esse recorte para o tamanho de Parauapebas, temos aqui, então, cerca de 2.500 cidadãos com intolerância ao glúten. No ano passado, 84 pessoas foram internadas no município com ao menos um dos sintomas clássicos da doença celíaca”, revela a vereadora.

Os sinais mais comuns da doença são diarreia ou prisão de ventre crônica; dor abdominal, inchaço na barriga, danos à parede intestinal, falta de apetite, baixa absorção de nutrientes, osteoporose, anemia, perda de peso e desnutrição. É por isso que os celíacos têm risco aumentado de desenvolver câncer de intestino e de problemas de infertilidade.

“Por essas razões, solicito ao Poder Executivo que crie um programa específico para diagnosticar corretamente e atender à população portadora de doença celíaca, com acompanhamento nutricional, oferecendo-lhe acesso a políticas públicas. É preciso criar estratégias para garantir uma cesta básica mensal com produtos isentos de glúten às famílias inscritas nos programas assistenciais locais e que tenham portadores de doença celíaca”, finaliza Eliene Soares.

As duas indicações foram aprovadas em plenário e agora serão encaminhadas para serem analisadas pelas secretarias municipais de Educação e de Saúde.

Texto: Waldyr Silva / Fotos: Felipe Borges / AscomLeg2021

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