Sorri Parauapebas pede apoio do Poder Legislativo
Falta de recursos financeiros e de estrutura física está entre os principais problemas enfrentados pela Sorri Parauapebas, organização que trabalha com a capacitação e inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Luiz Castilho com equipe da Sorri Parauapebas
Nesta sexta-feira (8), o presidente da Câmara Municipal de Parauapebas, vereador Luiz Castilho (Pros), visitou as instalações da Sorri Parauapebas, a convite da instituição. Na ocasião, a presidente da organização, Lurdes Souza, detalhou o funcionamento e a atuação da entidade, bem como as dificuldades que tem enfrentado.
De acordo com Lurdes, a Sorri tem trabalhado com a capacidade de atendimento reduzida desde o início de 2017, quando parte da estrutura do prédio da instituição caiu. “Eram quatro salas, parte do refeitório e os banheiros adaptados”, relata. Somente após o desmoronamento é que se verificou que o prédio havia sido construído sobre uma galeria pluvial.
O problema referente à galeria pluvial já foi resolvido, segundo Lurdes, pela Secretaria Municipal de Obras, que também já teria projetado a obra de ampliação da instituição. Entretanto, o projeto estaria parado no setor de convênios da prefeitura.
Como a Sorri é uma organização da sociedade civil, ela se mantêm com recursos provenientes de doações, de campanhas que realiza para arrecadação de fundos e por meio de convênios com o poder público, tanto financeiros como de pessoal. A instituição tem funcionários cedidos da prefeitura e até mesmo de empresas privadas.
“Acabamos de atender cerca de 300 pessoas, não só com deficiência, por meio do último convênio que tínhamos com a Secretaria Municipal de Assistência Social e encerrou agora dia 31 de janeiro”, informou Lurdes Souza.
São ofertados cursos dos mais variados tipos, como de pintura, informática, salgados, de música, Língua Brasileira de Sinais (Libras). No momento, apenas os cursos de música e Libras estão sendo oferecidos, pois não há convênios vigentes e não há salas para mais aulas. “Estamos trabalhando somente pela metade, pois não temos estrutura física, nem financeira”, acrescentou a presidente da Sorri.
“A Sorri é a única instituição que coloca pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Qualificamos, encaminhamos para as vagas de emprego e acompanhamos essa inserção. Em 2018, 121 pessoas com deficiência foram empregadas com intermediação da Sorri. Além disso, nós recolocamos no mercado também, pois aqueles que perdem o trabalho também nos procuram”, explicou.
Sede da Sorri Parauapebas, localizada na Avenida Beira Rio, nº 32, Bairro Rio Verde. O prédio que foi demolido era do mesmo tamanho deste.
Legislação
Outra queixa apresentada pela dirigente da Sorri Parauapebas foi com relação ao descumprimento da Lei nº 3.298/99, que trata da política nacional para integração da pessoa com deficiência. Segundo Lurdes Souza, a própria prefeitura descumpre a legislação, que determina que a empresa com 100 ou mais funcionários é obrigada a preencher de 2% a 5% de seus cargos com pessoas com deficiência.
A presidente da Sorri também questionou a situação da Câmara Municipal quanto ao cumprimento da lei. E explicou existir casos em que a contratação é obrigatória, mas, independente disso, as empresas e órgãos públicos podem colaborar com a inclusão da pessoa com deficiência.
Ação
Luiz Castilho se comprometeu a colaborar com a Sorri Parauapebas. O vereador informou que vai analisar a situação da Câmara e da prefeitura para saber das demandas para pessoas com deficiência e verificar a aplicação da legislação.
O presidente ressaltou ainda que buscará apoio dos demais vereadores e acompanhará o andamento do projeto de ampliação da Sorri. “Vamos ver como está o andamento para execução da obra na prefeitura. O trabalho que a Sorri faz tem que ser motivado, não pode ser desativado”.
O parlamentar destacou também que estudará outras maneiras de colaborar com o trabalho da organização, inclusive por meio do Instituto Legislativo Parauapebense (ILP) da Câmara ou até mesmo promovendo campanhas para arrecadação junto aos parlamentares e servidores do Poder Legislativo.
Texto – Nayara Cristina / Revisão: Waldyr Silva / Fotos: Wagner Santos / Ascomleg
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