Eliene Soares propõe construção de centro tecnológico, casa de passagem e criação de banco de empregos
Por meio de três indicações apresentadas na sessão da última terça-feira (30), a vereadora Eliene Soares (MDB) propôs a construção de um centro tecnológico multiuso no espaço onde funcionava a Escola Municipal Primavera (Indicação nº 110/2021); construção de uma casa de passagem para acolhimento às mulheres da zona rural que precisem se deslocar à cidade (Indicação nº 111/2021); e criação de banco de empregos (Indicação nº 145/2021).
Centro tecnológico
No pedido acima, a vereadora explica que o antigo espaço da Escola Municipal de Ensino Fundamental Primavera, que atendeu à comunidade escolar por 25 anos, está abandonado e jogado às traças, deixando a comunidade dos bairros Cidade Nova, Primavera e Chácaras sem demanda educacional.
Neste sentido, Eliene Soares sugere que o Poder Executivo construa no local um centro tecnológico multiuso, o primeiro do município, para atender à comunidade escolar e aos profissionais de educação, com laboratórios de ciências e informática avançada; salas de videoconferência e multimídia; teatro e espaço para reuniões e formações.
“Precisamos salvar a nossa querida Escola Primavera. Ela não precisa necessariamente voltar a ser uma escola, já que não há demanda suficiente para tal. Mas ela pode continuar sendo um patrimônio educacional dos moradores do Primavera com outra funcionalidade. O que não dá para aceitar, e chega a ser aviltante, é ver um espaço nobre, que contribuiu com a formação de tanta gente, ir se acabando, como se o tempo morresse ali. Precisamos buscar soluções porque o prédio está parado, inutilizável, há anos”, apela a propositora.
Casa de passagem
Ao solicitar a construção de uma casa de apoio para mulheres do campo na zona urbana do município, Eliene Soares justifica que as condições de vida na zona rural são mais difíceis que na cidade, no que diz respeito ao acesso a equipamentos públicos, principalmente voltados à saúde. Essa dificuldade, segundo a vereadora, não é exclusiva de Parauapebas, mas uma realidade nacional quando se trata do campo, especialmente porque a cidade existe para concentrar a diversidade de serviços públicos (saúde, educação, segurança, assistência social) e até postos de trabalho.
“Quando a mulher camponesa precisa de atendimento especializado, ela vem até a cidade. Mas se não tiver parentes ou familiares por aqui, essa mulher acaba ‘rodada’ e, muitas vezes, precisa gastar com hospedagem. Situações dessa natureza não faltam, e essa é uma lamentação recorrente trazida a meu gabinete por mulheres camponesas”, detalha.
A legisladora sublinha que, caso não haja previsão orçamentária para realizar a construção, pelo menos a prefeitura alugue um imóvel inicialmente para recepcionar as camponesas e dar-lhes todo o suporte de abrigo, até que resolva suas questões, garantindo-lhes alimentação e transporte.
Banco de empregos
Já na solicitação do banco de empregos para mulheres em situação de violência doméstica e seu engajamento no mercado de trabalho, Eliene Soares revela que no ano passado os casos de violência contra a mulher chegaram a ocupar o 5º lugar no ranking do Disque-Denúncia Sudeste do Pará.
Segundo a vereadora, 76% das mulheres que sofrem violência no município convivem com o agressor — marido delas, na maioria dos casos. Muitas ficam presas a um relacionamento abusivo, porque não têm condições de tocar a vida sozinha, já que os anos de dedicação cuidando de casa, do marido e dos filhos interrompem projetos pessoais e sonhos, e levam-nas à dependência crônica da renda obtida pelos maridos.
“A medida vai proteger, amparar e minimizar transtornos decorrentes das agressões domésticas e familiares que deixam marcas que o tempo muitas vezes não apaga. A opressão à mulher traz sequelas — muitas vezes mentais, além das físicas — por toda a vida. E toda a sociedade precisa se unir em prol de restabelecer o mínimo da dignidade perdida nessa dor”, defende Eliene Soares.
Tão logo as três indicações foram apresentadas em plenário, as mesmas foram aprovadas por unanimidade, e agora elas serão encaminhadas para passar por análise do Poder Executivo.
Texto: Waldyr Silva / Fotos: Felipe Borges / AscomLeg2021
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