Projetos de vereadora são reprovados
Dois projetos de lei, de autoria da vereadora Eliene Soares (PMDB), foram reprovados pela maioria dos parlamentares na sessão ordinária da Câmara municipal na última terça-feira (28).
Eliene Soares - PMDB
Trata-se do Projeto de Lei nº 019/2016, que estabelecia critérios de fiscalização quanto à contratação de serviços terceirizados pela administração pública local; e do Projeto de Lei nº 025/2016, que proibia a inauguração e a entrega de obras públicas incompletas ou que embora concluídas não atendam ao fim a que se destinam.
Projeto de Lei nº 019/2016
Entre os critérios de fiscalização das empresas terceirizadas previstos na proposição estavam a obrigatoriedade da contratada de manter no município um funcionário, em regime de exclusividade, para prestar atendimento a todas as solicitações e exigências do poder público, e a disponibilização de relatório pormenorizado informando o andamento dos serviços prestados, bem como eventuais demissões ou admissões de seus empregados, dentre outros.
Segundo Eliene Soares, o objetivo era melhorar os mecanismos de fiscalização. “O que estamos propondo é uma melhoria na qualidade dos serviços, onde o Poder Executivo Municipal vai poder acompanhar e fiscalizar melhor os serviços prestados aqui no município”.
Entretanto, o líder do governo na Câmara, Bruno Soares (PSD), foi contrário à aprovação do projeto e orientou os vereadores da base a votarem contra também. No entendimento do parlamentar, já existem leis, inclusive em âmbito nacional, que dispõem sobre a contratação das terceirizadas.
“Considero o projeto importante, mas não houve um debate amplo sobre suas tratativas, portanto, direciono ao voto contrário”, frisou o líder de governo.
Bruno Soares - PSD
Projeto de Lei nº 025/2016
O projeto proibia a inauguração e a entrega de obras públicas incompletas, ou seja, a entrega de hospitais, escolas, centros de educação infantil, praças, parques, unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento, bibliotecas, dentre outros, que não estivessem aptos ao imediato funcionamento.
Vetava também a entrega de obras que, embora completas, apresentassem algum fator que impedisse o uso pela população, como, por exemplo, falta de servidores ou de equipamentos e materiais de expediente.
No entendimento de Eliene, a proposição garantiria que os prefeitos do município só inaugurariam obras quando estivessem de fato aptas para funcionamento e utilização. “É fundamental que as obras sejam planejadas em sua totalidade. Para ser inaugurada, tem que estar totalmente pronta e acabada, com mobília e pessoal para trabalhar”.
Em contrapartida, o presidente da Câmara, Ivanaldo Braz (PSDB), destacou que há obras que podem ser inauguradas por trechos ou etapas, como por exemplo, a duplicação de uma avenida na cidade. “Se tem um trecho pronto, acho que não precisamos esperar para terminar e a população ficar padecendo, sendo que poderia melhorar o trafego naquele local. O que não podemos é deixar a obra paga sem terminar”.
Ivanaldo Braz - PSDB
Votação
Os dois projetos receberam sete votos contrários, dos vereadores Marcelo Parcerinho (PSC), João do Feijão (PV), Zacarias Marques (PSDB), Joelma Leite (PSD), Maridé Gomes (PSC), José Pavão (PSDB) e Bruno Soares (PSD).
E somente quatro foram favoráveis: Lidemir Alves (PR), Euzébio Rodrigues (PT), Israel Miquinha (PT) e Eliene Soares.
Texto: Nayara Cristina / Revisão: Waldyr Silva / Fotos: Coletivo 2.8 / Ascomleg
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