Câmara institui Semana Municipal de Conscientização e Combate ao Consumo de Cigarro Eletrônico
Anualmente, na última semana do mês de agosto, será realizada a Semana Municipal de Conscientização e Combate ao Consumo de Cigarro Eletrônico no Município de Parauapebas. A data foi instituída na sessão ordinária de terça-feira (13), com a aprovação do Projeto de Lei nº 207/2022, de autoria do vereador Josemir Santos (Pros).
Durante a Semana Municipal de Conscientização e Combate ao Consumo de Cigarro Eletrônico, poderão ser realizados eventos, palestras, seminários e debates referentes aos malefícios causados pelo uso de cigarros eletrônicos e derivados e aos temas relacionados, com vistas à implementação de atividades de conscientização e discussões e poderá contar com a participação de entidades sem fins lucrativos e instituições que tratem do tema relativo ao fumo.
O evento passará a constar no calendário oficial da cidade com o objetivo de alertar a comunidade sobre o fato de que os cigarros eletrônicos terem vantagens em relação aos cigarros comuns não quer dizer que não tenham outras substâncias tóxicas.
Vereador Josemir Santos
Conforme explicou o vereador, a proibição dos cigarros eletrônicos é uma necessidade em defesa da saúde da população. “Não existem vantagens do cigarro eletrônico sobre o cigarro comum e a Organização Mundial de Saúde [OMS] não recomenda o uso do cigarro eletrônico, porque ele age como o cigarro comum”, alertou Josemir Santos.
Os usuários de cigarro eletrônico são chamados de vapers, referência ao vapor liberado pelo dispositivo que utilizam. Em vez de queimar tabaco e soltar fumaça, o cigarro eletrônico vaporiza um líquido que contém nicotina, a substância viciante do fumo. Ela é combinada a essências que imitam sabores de frutas, café, chocolate e tabaco.
Alimentados por baterias, os cigarros eletrônicos são dispositivos que geram vapor inalável a partir de cartuchos descartáveis com líquidos compostos de aromatizantes, água, glicerol e outros elementos.
O usuário pode escolher entre cartuchos com diferentes doses de nicotina ou até sem a substância, considerada altamente nociva e viciante. Justamente por haver essa opção de regular a dosagem de nicotina, muitas pessoas que desejam abandonar o cigarro comum estão adotando o dispositivo.
“Essa versão ‘segura’ do cigarro, embora cheire menos e não produza fumaça, não é menos viciante ou prejudicial à saúde. O vapor dos cigarros eletrônicos percorre os mesmos caminhos da fumaça do cigarro comum: inalado, ele vai para o pulmão e ganha a corrente sanguínea; nos alvéolos pulmonares, uma parte é absorvida pelo organismo, enquanto a outra é expelida. Já temos uma legião de viciados em cigarro eletrônico no Brasil. As pessoas acham que ele não faz mal à saúde e acreditam que vão ajudá-las a abandonar o cigarro tradicional, apesar de o cigarro eletrônico ser ainda mais viciante”, finalizou o vereador.
Texto: Josiane Quintino / Revisão: Waldyr Silva (AscomLeg 2022)
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