Eliene Soares sugere implantação de escola agrotécnica e ampliação de projeto para alfabetização
Duas proposições de autoria da vereadora Eliene Soares (MDB) voltadas para a área da educação foram aprovadas na sessão da Câmara Municipal de Parauapebas realizada na última terça-feira (13).
Escola Agrotécnica
Na Indicação n° 243/2019, a parlamentar sugere ao governo municipal a implantação de uma escola agrotécnica de tempo integral na Apa do Gelado, zona rural do município, para atender alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
A sugestão de Eliene é para que o município aproveite o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado recentemente entre o Instituto Federal do Pará (IFPA) e a prefeitura.
“O IFPA pode garantir supervisão técnico-curricular nos momentos iniciais da implantação da Escola Agrotécnica, enquanto a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, garante os desembolsos necessários à execução do projeto”, indicou.
De acordo ainda com Eliene, a metodologia de ensino proposta é voltada à exploração das disciplinas de práticas agrícolas e zootécnicas, além das disciplinas da base nacional comum.
“É possível, assim, desenvolver o potencial dos estudantes para atividades como aquicultura, piscicultura, horta escolar, criação de minhocas, jardinagem, iniciação cartográfica, novas tecnologias do campo, entre outras, promovendo práticas agrícolas ligadas a questões ambientais”, informou a propositora.
A parlamentar acredita que a implantação de uma escola agrotécnica no município pode fomentar o interesse dos jovens pelo campo e incentivá-los a ter uma profissão com práticas voltadas à agroecologia.
Alfabetização
Já na Indicação n° 244/2019, Eliene Soares solicita ao prefeito Darci Lermen incentivo e ampliação do Projeto de Alfabetização de Jovens e Adultos “Sim, eu posso”, com vistas a erradicar o analfabetismo em Parauapebas.
A vereadora informa na matéria que o “Sim, eu posso” é um método de alfabetização reconhecido pelo Ministério da Educação e premiado pela Organização das Nações Unidas, que usa como estratégia de ensino a relação dos números, conhecidos pelos analfabetos pelo fato de lidarem com dinheiro, com as letras. O método cubano é capaz de alfabetizar um adulto em até 70 dias.
Eliene relata ainda que o projeto está sendo realizado em Palmares 2 e acredita que pode ser o início de uma caminhada para livrar completamente o município do analfabetismo, caso seja expandido.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que Parauapebas possui aproximadamente 3.900 cidadãos analfabetos com mais de 16 anos. Entretanto, o número pode ser maior, tendo em vista o fato de que muitos analfabetos que hoje residem em Parauapebas são eleitores em outros municípios.
“É um volume muito grande de pessoas iletradas e a quem o poder público tem de criar estratégias eficientes para chegar e oferecer educação, cidadania, dignidade. Neste sentido, o projeto "Sim, eu Posso" mostra-se eficiente e complementar às demais ações em curso, em nível de Educação de Jovens e Adultos [EJA], para o combate ao analfabetismo”, defendeu.
Encaminhamento
As duas indicações serão enviadas para análise de viabilidade do prefeito Darci Lermen.
Texto: Nayara Cristina / Revisão: Waldyr Silva / Fotos: Kleyber de Souza / Ascomleg
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